quarta-feira, 13 de outubro de 2010

FESTIVAL SWU - WOODSTOCK TUPINIQUIM

O primeiro dia do Festival de Música SWU foi algo realmente grandioso. Se antes o público paulista reclamava que não tinham um festival a altura do Rock in Rio, agora podem se orgulhar. O “Woodstock brasileiro” impressionou pela grandiosidade e organização. Claro que filas enormes na entrada, no banheiro ou na compra de bebidas e alimentos existiram, mas é compreensível quando se tem milhares de pessoas em um evento como esse. E a escolha da Fazenda Maeda, em Itu, foi muito inteligente e sensato por parte dos organizadores, que prometem realizar o mesmo festival todos os anos.
As atrações agradaram muito ao público, apesar de não se poder assistir a todas, uma vez que duas ou mais atrações ocorrem ao mesmo tempo.
A primeira banda a entrar no palco Água foi Brothers of Brazil. Formada pelos irmãos Suplicy, os dois conseguiram levantar a galera que ainda estava dispersa e outros que ainda estavam entrando, tocando musicas próprias e alguns covers. Na sequência, subiu no palco Ar o Quarteto goiano Black Drawing Chalks, tocando um Hard Rock cheio de peso e atitude. Logo depois foi a vez do Power Trio vinda de Cuiabá chamado Macaco Bong, apresentando um rock instrumental muito bem trabalhado.
O ponta pé inicial internacional foi do Infectious Grooves. A banda de funk metal americana liderada pelo vocalista do Suicidal Tendencies, Mike Muir, agitou o público na tarde fria de Itu e até chamou alguns fãs ao microfone para cantar. Assim que a noite chegou, os Mutantes deram o ar da graça e logo em seguida os Los Hermanos se apresentaram, finalizando a participação das bandas brazucas do dia 9.
A última atração do palco Aguá foi o grupo The Mars Volta. Apesar de não interagirem com a plateia e terem seu usual comportamento antissocial, a banda agradou o público apresentando um estilo unico, com um rock experimental, alternativo e progressivo ao mesmo tempo. Com o instrumetal impecável liderado pelo guitarrista Omar Rodriguez-Lopes e o vocal potente Cedric Bixler Zavala, eles tocaram musicas como “Cicatriz ESP”, "Goliath", “Broken English” e “Roulette Dares”, todas elas muito bem executadas cheias de improvisos e performance. Uma pena que tenha durado tão pouco.
Mas nada era tão aguardado naquela noite como o Rage Against The Machine. Pela primeira vez tocando no Brasil, assim que Zack De La Rocha, Tom Morello e Cia começaram os primeiros riffs de “Testify” o mar de gente pulando e cantando é indescritível.  O som, a atitude e a raiva oferecida pela banda deixou todos aqueles presentes ensandecidos. Tanto, que logo na terceira música, a banda foi obrigada a parar e pedir para o público se afastar um pouco, pois a estrutura na frente do palco estava comprometida. Não bastasse essa pausa, enquanto eles tocavam “Know your Enemy” o som direcionado ao público parou de funcionar e enquanto a banda continuava tocando, boa parte do público ficou sem ouvi-la. Mas a energia era tanta que isso pouco importou. Dali pra frente não houve mais problemas e a apresentação foi tudo aquilo que os fãs queriam e mais um pouco.
Outras bandas que detonaram foram os Pixies tocando seus clássicos de maneira perfeita.
Parecia que se ouvia o proprio disco rodando e o Queens Of The Stone Age, um petardo para não se esquecer tão cedo.
Maravilhoso!

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