sábado, 1 de maio de 2010

COLECIONAR OBRAS DE ARTE ESTÁ CADA VEZ MAIS AO ALCANCE DOS POBRES MORTAIS

Decorar a casa com obras de arte sempre pareceu ser algo inacessível para meros mortais. Mas eventos como a SP Arte – Feira Internacional de Arte de São Paulo – que acontece até 2 de maio no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, na capital paulista, estão começando a quebrar esse paradigma.
“Atualmente, o mercado é democrático e acessível. É preciso perder o constrangimento, entrar nas galerias, observar muito e perguntar sobre tudo”, afirma o designer e colecionador José Marton. Segundo ele, há mais obras com valores acessíveis do que se pensa. “Para começar, não é preciso comprar a peça mais cara do artista. Existem gravuras e desenhos que cabem no bolso de qualquer público, basta ter paciência e bom senso para escolher”, indica.

Instalação do grafiteiro Zezão, vendida por R$ 36 mil, no estande da Choque Cultural

Porém, antes de sair à procura das peças para compor o acervo é fundamental frequentar exposições e museus. “É um treinamento visual e uma oportunidade de encontrar pessoas do universo das artes e criar relacionamentos intensos”, diz Fernanda Feitosa, organizadora da SP Arte.

Fotografia de Luiz Braga, que esteve no pavilhão brasileiro na última Bienal de Veneza, vendida pela galeria Leme na feira

Credibilidade e autenticidade

O próximo passo na hora de comprar uma obra é procurar galerias com credibilidade e boas referências. “Para não transformar seu investimento em prejuízo, consulte profissionais da área, verifique se a galeria é reconhecida no mercado e se participa de feiras e exposições” diz Antonio Almeida, sócio da galeria Almeida & Dale.
O alerta é fundamental uma vez que, infelizmente, existem muitas falsificações no mercado de arte. “O problema acontece principalmente com obras de artistas consagrados. Por isso é necessário verificar a autenticidade com profissionais capacitados para avaliar as técnicas, a tela e as pinceladas”, completa.

Obra de Albano Afonso, vendida por R$ 30 mil pela Casa Triângulo na SP Arte

Gosto pessoal também conta

A identificação do colecionador com a obra também é uma característica fundamental para a composição do acervo. “Não adianta sair por aí comprando tudo. É preciso gostar do que viu, é o seu querer que deve ser levado em consideração”, diz Marton.
Porém, se você aprecia, mas não se sente seguro no momento de comprar as obras, vale pedir a ajuda de especialistas. “A dica é encontrar um bom procurador. Ele pode te orientar a negociar e a escolher”, diz Almeida “Mas não esqueça de contratar aqueles com referência no mercado”, completa.
Outra alternativa para orientar o novo comprador é mergulhar no mundo das artes e começar a estudar o assunto. “Procure um bom curso. O conhecimento te ajudará a escolher as obras”, sugere Marton.
Fonte: Juliana Guimarães, especial para o iG São Paulo

Um comentário:

Bárbara Grou. disse...

Oi!
Tem um selo pra você no meu blog. Espero que goste.
Beijos.