terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DICAS DE VIAGEM: O DIÁRIO DE BORDO DE J.A. LISBOA AO CHILE

Confesso que curti


JA Lisboa
Directo de Santiago de Chile

Assim como a música de Kleiton e Kledir me levou para Porto Alegre [RS], a de Caetano Veloso me levou à Santo Amaro da Purificação [BA], a de Elomar à Feira de Santana [BA], a de Lô Borges, Milton Nascimento e Beto Guedes me levaram a Belo Horizonte [MG], a literatura de Pablo Neruda me puxou para o Chile. As fotos da aventura estão no link do final do texto.
Meu único livro de cabeceira até hoje, ‘Confesso que Vivi’, auto biografia do mais famoso poeta chileno, ganhei da querida Lu Pelho no início da década de 1980 mas, fui ler só mais tarde. A leitura, aliás, aconteceu no momento certo. O livro, uma das obras mais importantes da literatura mundial, é rico em detalhes, cheio de referências que eu não tinha à época. Confesso que foi o livro mais emocionante que me aconteceu, superando O Estrangeiro, Noites Brancas e Um Coração Simples, empatando com Os Sonhos não Envelhecem.
Pluna
Para chegar ao Chile, optei pela empresa aérea uruguaia Pluna, uma questão de estilo [$]. Por isso, pelo baixo valor das passagens, não há serviço de bordo. Um sanduba, daqueles gelados de avião, custa U$ 8; uma garrafinha de 187 ml de vinho, U$ 6. A viagem dura cerca de seis horas, incluindo a conexão em Montevideo [Uruguai], para troca de aeronave. O Chile tem 16 milhões de habitantes; desse total, 6,5 milhões vivem em Santiago, a capital do país.

Hostel Bellavista
Localiza-se no bairro de mesmo nome, na região central, próximo ao metrô Baquedano. Bellavista é a Vila Madalena de Santiago, rodeado de teatros, clubs de jazz, galerias de arte, bares e restaurantes, os mais descolados da cidade, como o Galindos, onde o turista pode degustar a deliciosa cerveja chilena Kross – independente e comer Chorrillana, misturado que leva batatas fritas, ovos, cebola e carne.
Há muitas marcas de cervejas operando no Chile, inclusive a Brahma, pouco consumida. As mais famosas são a Cristal [que não é a cerveja brasileira] e a Escudo. Não gostei da primeira, engoli a segunda. Os chilenos, como a maioria dos latinos, tem costume de consumir cerveja de litro. Nos butecos de esquina, uma escudo litro custa 1,5 mil pesos chilenos. No pátio Bellavista, muito freqüentado por gringos, a escudo individual [long neck] custa $ 2,5 mil pesos. Mil pesos chilenos corresponde a cerca de R$ 4,00.
Da janela do quarto andar do hostel, avista-se as tão famosas Cordilheiras dos Andes – geladas. E também o Cerro, a montanha onde está a imagem da Imaculada Conceição, quase um Cristo Redentor de Santiago. Há três formas de escalar a montanha: de táxi, a pé e com o Funicular. Optei por subir andando, uma caminhada de uma hora e meia. O funicular, que usei para descer, é uma espécie de elevador diagonal, que utiliza o sistema de cabo de aço para transitar. Quem gosta dos brinquedos do Playcenter vai adorar. É super inclinado, dá frio na barriga e muito medo. A viagem dura menos de cinco minutos e custa mil pesos.

Pátio Bellavista
Assistia ao primeiro Grand Slam do ano – Australian Open, tomando cerveza no pub Dublin quando acabou a luz. Em segundos o pub ficou praticamente vazio, os garçons trouxeram a conta sem que eu pedisse, o que me causou estranheza. Quando rola terremoto, a primeira coisa que acontece é ‘acabar a força’. Só mais tarde fui saber e entender a tensão no pub. Terremoto é muito comum no país.
Há uma pedra azul característica do Chile chamada Lapiz Lazuli. Ela faz parceria com a prata em brincos, pulseiras e pingentes. No pátio Bellavista ela é facilmente encontrada nas dezenas de ‘box’ bem à altura dos olhos dos turistas.

Carabineros de Chile [polícia]
Passei uma semana no Chile e não presenciei um único fato ilícito grave, envolvendo a polícia, exceto uma situação um tanto inusitada. Tomava cerveja numa noite de quinta-feira numa cantina da rua Pio Nono [Bellavista] quando ouvi alguém falando numa espécie de mega fone. Me virei e percebi que o som vinha da viatura policial. Em seguida as pessoas que transitavam pela calçada e da cantina começaram aplaudir. Perguntei o que ocorria para um grupo de chilenos da mesa ao lado. Me disseram que um taxista jogou uma bituca de cigarro pela janela do carro e que a polícia o mandou recolher. Daí os aplausos. A cidade de Santiago é impressionantemente limpa.

Piñera
Conversei sobre a política do presidente Sebastian Piñera com diversas pessoas, inclusive uma peruana que trabalha no hostel. Todos torceram o nariz. Piñera, um dos homens mais ricos do pais e um dos donos da LAN, a principal empresa aérea chilena, completou um ano na presidência. Um taxista me disse que o presidente não vem cumprindo o que prometeu e ele prometeu muito no período eleitoral. Segundo o taxista, a principal diferença entre o atual mandatário e a anterior, a presidente Bachelet, é que ela passava confiança aos chilenos, o que não acontece com Piñera. O presidente mudou parte do seu ministério em janeiro. O ministro da defesa caiu porque envolveu-se na compra de uma casa de milhões de pesos, o que os chilenos consideraram uma afronta.

Metrô
Baquedano, linha vermelha - é a estação de metrô mais próxima do hostel em que me hospedei. A cidade é muito bem servida de metrô. O turista vai de metrô para todo lugar a partir de quatro linhas: vermelha, azul, verde e amarela. Conheci diversas estações.
Linha vermelha: Los Leones, onde visitei a galeria Caracol, uma espécie de galeria do rock [São Paulo]. Fui até lá comprar CDs de música chilena: Como Asesinar a Felipes/um disparo al centro[rap] e Rosell/Al tope de lo real [punk rock]; Escuela Militar, onde fica um Mall [Shopping Center]; La Moneda, onde está o palácio presidencial; Santa Lúcia, onde está a igreja de São Francisco, o edifício mais antigo da cidade, além de outras estações localizadas na região central como Universidade de Santiago [terminal rodoviário], Universidade de Chile e Universidade Católica.
Na linha amarela utilizei as estações Santa Ana e Los Heroes; Linha verde: Plaza de Armas. Nesta estação estão o museu Precolombiano e o Mercadão Municipal, onde no restaurante Donde Augusto, os gringos comem o caranguejão chileno, fruto das águas profundas do Pacífico; Linha azul: Las Mercedes, onde fica a 2ª maior vinícula do mundo – Concha y Toro, produtora de alguns dos melhores cabernets que se tem notícia, como Casillero Del Diablo e Casa Concha.

Concha y Toro
Um passeio a parte. A visita monitorada dura cerca de 40 minutos e custa 7 mil pesos. O visitante tem direito a duas degustações: um branco e um tinto; a taça personalizada, o turista leva pra casa. A família Concha y Toro não é mais proprietária da vinícula desde os anos 1970. Os herdeiros, endividados, perderam tudo. Os atuais proprietários preservaram o nome porque a vinícula já produzia vinhos consagrados à época.
O vinho Concha y Toro mais pop, em parte pelos comerciais veiculados na CNN, é o Casillero Del Diablo, porém, o top da marca atualmente é o Don Melchior, cuja garrafa chega custar U$ 120. Diz a lenda que para evitar os seguidos roubos na vinícula, os antigos donos inventaram e propagaram a história que um diabo habitava a adega. Funcionou, os roubos cessaram. Vem daí o nome Casillero Del Diablo. Os turistas ouvem a história numa adega gelada e escura. A música, digna dos filmes de terror e a voz tenebrosa do locutor quase arrepiam. É engraçado.
O passeio chega às parreiras, onde o turista pode tocar a folha das uvas. Há parreiras mais antigas, de 35 anos, de onde saem os vinhos mais caros e outras mais jovens, de cerca de dois anos. O antigo casarão da família Concha y Toro, com suas dezenas de cômodos, foi preservado; o sítio inteiro tem cerca de 60 hectares.
O terremoto de 2010, com 8.8 graus transformou a Concha y Toro numa grande piscina de vinho, causando enormes prejuízos. Mais de dois mil barris foram para o vinagre [sem trocadilhos].

Santiago
A cidade de Santiago está localizada bem ao centro do país. O desenho do Chile no mapa é muito esquisito, uma tirinha somente. Em determinada altura o Chile tem apenas 13 quilômetros de largura. Daí uma piada que corre o país, dizendo que o Chile não tem leste/oeste.
Há muitas semelhanças entre as grandes cidades européias e Santiago, com suas centenas de cafés, livrarias, lindas praças e parques. Santiago fica bem no meio dos Andes [Alpes?]. Por estar rodeada por montanhas, Santiago é muito poluída, o que faz muito mal ao nariz e aos olhos. Nos dias em que venta pouco, a poluição não permite avistar as montanhas geladas dos Andes. A diferença de horário entre Brasília e Santiago é de uma hora. Se no Brasil já é meio dia, no Chile são 11h. Em Santiago anoitece às 21h30; às 20h eles falam ‘boa tarde’.
O clima de Santiago em janeiro é parecido com o outono na cidade de São Paulo: dias secos, com sol de dia e friozinho a noite. Em Santiago o friozinho é quase friozão: numa das noites a temperatura chegou a 10 graus. Chove muito pouco em Santiago, duas ou três vezes por ano, no inverno – chuvas muito geladas, segundo um taxista. O Chile abriga um dos desertos mais áridos do mundo, o Atacama.
Há duas grandes redes de supermercado na cidade: Santa Isabel e Unimarc. Eles estão distribuídos por diversos bairros. Fora isso há centenas de boas mercearias.

Neruda
La Chascona [Bellavista] – é a casa em que o poeta viveu com sua amante Matilde. La Chascona, a descabelada, era uma espécie de refúgio para o casal. Neruda era apaixonada pelo mar. O mar, aliás, era mais que inspiração para o poeta. A obsessão era tamanha que suas casas tinham formato de barco, além de centenas de adereços utilizados nas embarcações. A casa foi invadida pelos milirares, coisas foram destruídas, porém, muitos pertences foram preservados, como uma medalha da academia sueca, pelo Nobel de literatura. Uma foto mostra Picasso carinhando Neruda com um beso.
Pablo Neruda foi senador, embaixador do Chile em diversos países [Governo Salvador Allende] e até candidato a presidência da república.

Terremoto
Os chilenos convivem com a forte ameaça de terremotos, é um drama deles. Em todo lugar há luzes de emergência. Em 2010, um terremoto de 8.8 graus [5º maior da história] causou muitos prejuízos ao país. O taxista que me levou ao aeroporto, mostrou as marcas do tremor na pista; cerca de um quilômetro de rachaduras.
Uma amiga que mora em Santiago há três anos narrou sua experiência do tremor do ano passado, abalo que durou cerca de três minutos, uma eternidade. Ela foi violentamente acordada às três da manhã. A ação foi tão intensa que a moça foi jogada de um lado para outro da cama. Não conseguindo parar em pé, ela não conseguia chegar até a porta. Só mais tarde descobriu que a porta não abria, estava emperrada. Conseguiu entrar embaixo do colchão esperando atenuar a dor do massacre. No momento só tinha uma certeza: a morte chegaria em segundos. Ela mora no 1º andar de um edifício de 27 andares, localizado no bairro Las Condes.
O barulho era ensurdecedor e a impressão era que os andares de cima vinham caindo sobre os demais. Quando o tremor cessou, um homem que ela nunca tinha visto e que nunca mais viu, abriu a porta e ela foi pra rua, onde se encontravam centenas de pessoas. Após passar aquela noite no carro, voltou para casa após alguns dias; ainda hoje convive com pequenos abalos sísmicos, muito comuns no Chile.
A maior tragédia chilena aconteceu na década de 1960, quando um terremoto de 9.5 graus destruiu Valdívia, cidade ao sul do país.

Isla Negra
Há anos vi um documentário na TV Cultura sobre a residência de Neruda em Isla Negra, tão incrível quanto inacessível. Nunca imaginei que um dia eu estaria naquele lugar, andando por dentro daquela casa.
Conhecer a morada de Neruda em Isla Negra é muito especial por muitos motivos. É lá, por exemplo, que ele está enterrado. Ainda em vida Neruda demonstrou sua vontade de ser enterrado em frente ao mar, sua grande paixão, entretanto, quando ele faleceu seu país vivia a ditadura Pinochet. Aí seu desejo não pode ser realizado, o que aconteceu somente mais tarde. Isla Negra é banhada pelo oceano Pacífico, de águas super geladas, mesmo nesta época. O vento que sopra o vilarejo é bem frio.
Por onde passava e Neruda viveu e viajou a muitos países, o poeta trazia várias lembranças. São conchinhas, esculturas e muitas garrafas. Todas essas ‘quinquilharias’ que ele tanto amava podem ser vistas nas casas onde ele morou, atualmente administradas pela Fundação Neruda. O poeta fez milhares de amigos pelo mundo, do México até a Birmânia. Muitos deles eram artistas famosos que lhe presenteavam com obras de arte, telas a óleo, etc. Muitos desses trabalhos estão expostos nas casas de Neruda.
Estive em Isla Negra numa quarta-feira, em pleno meio de semana e havia centenas de turistas, de todas as partes do mundo. Tive que esperar cerca de duas horas para visitar a casa do poeta, o que demonstra sua força e a paixão de seus fãs espalhados por todo o planeta. O ônibus que leva a Isla Negra sai de Santiago com destino a El Quisco. Desta cidade para Valparaiso o bus passa numa pequena cidade chamada Casablanca – encantadora.

Museu da Memória
O pai da ex presidente Michelle Bachetet, foi uma das milhares de vítimas da ditadura Pinochet, general que governou o país por décadas. Antes de deixar o governo, Bachelet inaugurou o Museu da Memória no início de 2010. O museu é lindo, com um acervo enorme composto por fotos e vídeos das vítimas da ditadura chilena, uma das mais violentas da América Latina.
Muito antes dos EUA, o povo chileno inaugurou seu próprio 11 de setembro. Foi nesse dia, em 1973 que Pinochet tirou a força do poder o presidente Salvador Allende, legitimamente eleito. Um dos painéis mostra o golpe hora a hora, a partir das seis da manhã. Um jornalista chileno filmou toda a cena a partir de um edifício em frente ao palácio La Moneda, sede do governo. Quando os militares perceberam sua presença, começaram a atirar no apartamento em que ele estava. Ele filma a marca dos tiros nas paredes e a poeira do reboque despedaçando. Está tudo documentado, as cenas são fortíssimas.
Um outro vídeo, também muito emocionante mostra a campanha do plebiscito na final da década de 1980, quando os chilenos votaram pela não continuidade de Pinochet à frente do governo. O documentário mostra a população nas ruas comemorando a vitória do ‘não’, um registro histórico.

Valparaiso
Cidade litorânea, abriga o principal porto do país. Valparaíso é Patrimônio Mundial da Humanidade. Neruda também morou nesta cidade, uma das mais pujantes do Chile.





Viña Del Mar
Cidade de veraneio, Viña Del Mar recebe milhares de turistas todos os anos, em função da sua beleza. A cidade é realmente muito bonita, os brasileiros, entretanto, sentirão falta dos quiosques tão característicos do litoral brasileiro, com sucos, porções, cervejas, caipirinhas e água de coco. No Chile isso não existe, é proibido. A lei deles é um tanto estranha. Os bares de Santiago, por exemplo, não vendem bebida para tomar na rua, não adianta insistir. Cerveja ou outra bebida alcoólica qualquer, só para tomar no local.

Brasileños
Um número enorme de turistas brasileiros, principalmente do Rio e São Paulo, visita o Chile. Em todo lugar há gente falando em português.

Parrillada
A culinária chilena em geral é muito diferente da brasileira. Nunca há arroz e feijão nos cardápios, por exemplo. Eles comem muita batata frita [papas], sanduiches e porções, como Chorrillana. Os pratos sempre vêm acompanhados de três pedaços de limão, molho de pimenta e pães. Se acabar o abacate no mundo, acho que o Chile também acaba. Eles comem abacate com tudo.

Dominó
No centro de Santiago há uma lanchonete tradicional chamada Dominó. É tão famosa que até aparece no guia para turistas. O lugar vive cheio e os sanduíches são realmente muito bons, além do chope Kunstmann em generosas canecas de 500 ml. Há várias opções de lanches que levam uma pasta verde de palca, um abacate pequeno, muito popular no país. No cardápio, não apenas do Dominó, mas de todo lugar, como nas lanchonetes da rede americana KFC, há opções de lanches com abacate. A palavra chave é ‘italiano’. Onde ela aparece, tem avocado.

Planície
Santiago fica entre dezenas de montanhas, porém, é uma cidade incrivelmente plana. Não há subidas, nem descidas, o que facilita a vida do turista que transita da zona sul a norte. Muitos dos percursos ou pelo menos uma parte deles, são feitos a pé. É uma cidade muito propícia para uma magrela [bike], porém, há menos adeptos das pedaladas do que poderia supor. Em contrapartida há muitos carros, aliás, muitos carrões. Os chilenos são fãs dos modelos SUV. O trânsito é bom, as avenidas são largas, em geral não há grandes congestionamentos. Fiquei com a impressão que os chilenos estão bem financeiramente. As pessoas comem e bebem muito bem, se vestem e moram bem. A qualidade de vida em geral é boa.

Cordilheira dos Andes
A chegada e a partida de Santiago é uma viagem. O piloto da aeronave avisa quando começa o vôo sobre a cordilheira, sujeito a trepidações. A vista é ‘qualquer coisa’.

Perros
Outra particularidade do Chile, não só de Santiago, é quantidade de cachorros de rua. São milhares de animais. Os cachorros em geral são grandes, porém, não são maltratados. Eles estão em todo lugar onde há bares e restaurantes com mesas nas calçadas e nos Cerros [montanhas], onde há turistas. Dizem que os chilenos costumam dispensar os animais de estimação quando saem de férias.

Niños
Quase sempre os adultos estão acompanhados de crianças. O número de crianças é enorme, nos bares, no metrô, nos parques, em todo lugar.

Cultura
Lí no jornal La Tercera que um projeto do governo chileno prevê benefícios para rádios que tocam música chilena, agrado estendido aos bares e casas noturnas. Na rádio Uno 97.1 só se ouve música chilena, do rap ao tradicional, passando pelos jovens talentos e pelo rock latino.

É proibido fumar?
Outro projeto do governo prevê a proibição do fumo em lugares fechados, como bares e restaurantes. Ainda é um projeto. Por enquanto, o fumacê é permitido. Nos adaptamos tão rapidamente à proibição do fumo em São Paulo que o estranhamento é imediato, principalmente quando na mesa ao lado, num bar fechado, quatro pessoas acendem o cigarro ao mesmo tempo. O que em São Paulo é passado, em Santiago ainda é muito presente. E a galera fuma hein, Jesus...

Buenos Aires
Sou mais Santiago!

Para ver as fotos clique no link abaixo:
http://picasaweb.google.com/Franchella37/SantiagoChile?feat=email#

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