sexta-feira, 15 de abril de 2011

ARTISTA PORTUGUÊS EXPÕE EM SÃO PAULO SUA OBRA APOCALÍPTICA

Imagine São Paulo, Paris, Rio, Lisboa após uma hecatombe, uma guerra ou mesmo o fim do mundo. O que poderia ser um tema para os inúmeros filmes-catástrofe que pipocam nas telonas ganha formas sofisticadas no trabalho do gravurista português Pedro de Kastro. Até 29 de abril, 30 obras do artista estarão na exposição "Visões – Paisagens Surreais a Bico de Pena e Gravuras em Metal", no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), em São Paulo.


"A Avenida", de 2007, representa uma sombria Avenida Paulista


A escolha por grandes monumentos, segundo o artista, enfatiza a proximidade das pessoas com esse futuro sombrio. Em boa parte dos trabalhos, há pequenas figuras de pessoas e carros em movimento (algumas tão pequenas que só são percebidas muito de perto ou com o auxílio de lupas distribuídas na exposição) que mostram a presença humana. "Como vivemos nesse mundo daqui, em 2011, essas figuras somos eu e os expectadores presenciando o que acontece nesse sonho de futuro. Mostrar que essa visão não é só de ruínas e destroços", diz Pedro.

O Cristo Redentor em meio às trevas, em série sobre o Rio de Janeiro criada em 2010


O famoso prédio do Banespa, um dos mais altos do centro de SP, na obra "A Capital" (2003)



Cartões-postais como a Catedral da Sé, o prédio do Banespa, Arco do Triunfo e Empire State aparecem "sufocados" por enormes raízes, sem cores ou sinais de vida. "No meio dessa piração, passo uma esperança ecológica, uma arte voltada para o planeta que hoje enfrenta uma crise energética e ambiental", diz.


A Catedral da Sé, em São Paulo em fantasia apocalíptica na obra "A Catedral II"

Fonte ÚLTIMO SEGUNDO
Colaboração Janio "Fred" de Souza

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