terça-feira, 5 de abril de 2011

NOVOS MODELOS DE NEGÓCIO PARA A MÚSICA E OUTROS TIPOS DE PROJETO ENVOLVENDO O PÚBLICO

Quando falamos de música, mais propriamente do mercado musical, estamos envolvendo muitas pessoas – seja pessoal ou profissionalmente. São focos diferentes, mas a essência é a mesma: todos unidos pela música.
Artistas e fãs acabam ocupando papéis antes inimagináveis. Hoje em dia, um músico já não é mais só um músico. Ele também atua como produtor, divulgador, distribuidor, e com isso acaba se aproximando dos seus fãs e transformando-os em possíveis investidores – além de se tornar, ele próprio, um investimento atraente para marcas e empresas dispostas a atingir seus fãs.
Um bom exemplo de financiamento coletivo, ou crowdfunding, é o Sellaband, site pioneiro onde os artistas são financiados pelos seus fãs. Essa plataforma foi uma das primeiras, seguida por outros no mesmo formato e similares, como o Artist Share, por exemplo.

Aqui no Brasil também já vemos como essa conexão fã-artista já rende frutos aos mais atentos, como no caso da ação de crowdfunding Queremos, criada pelos cariocas Bruno Natal, Felipe Continentino, Lucas Bori, Pedro Seiler e Tiago Lins. Os cinco se uniram para levantar dinheiro via internet para trazer a banda Miike Snow e, recentemente, o Belle and Sebastian, para tocar no Rio de Janeiro.
Estas são formas não só de aproximar o fã do artista, mas também de abrir um novo campo de possibilidade de negócios e oportunidades de lucrar. O mercado começa a perceber o fã, além de público-alvo, como um empreendedor em potencial.

OUTRA FORMA DE NEGÓCIOS: FINANCIAR PROJETOS
Uma pessoa tem um projeto criativo ou empreendedor, mas não tem recursos para bancá-lo. Então, usa o poder das redes sociais para convencer outras pessoas a financiarem sua ideia.
"Eu acho que tanto em aspectos sociais quanto econômicos, o "crowdfunding" vai ser uma das maiores tendências da nossa sociedade", afirma Kevin Lawton, empresário e coautor do livro "The Crowdfunding Revolution" (Revolução do Crowdfunding, sem versão brasileira).
De acordo com Lawton, já existem mais de 175 plataformas no mundo em que é possível doar recursos ou hospedar projetos. A mais conhecida é o Kickstarter, criado em 2009. De acordo com informações do site, cerca de US$ 25 milhões (R$ 42,7 milhões), financiados por mais de 300 mil pessoas, já custearam 4.000 projetos.


A Catarse é a primeira plataforma brasileira de crowdfunding e já chegou ao mercado com alguns projetos bem bacanas. Aberta, estratégicamente, em janeiro, no maior evento de tecnologia do país: A Campus Party, a ferramenta tem o objetivo de se tornar uma referência em crowdfunding no Brasil. Um “kickstarter” brasileiro.


A primeira coisa que pensei foi: “o que Diabos significa Catarse?”. O Diego Reeberg explica: “Catarse é uma libertação, uma quebra emocional. Algo que ocorre quando você passa de um estado monótono para algo extremamente feliz, extremamente triste, extremamente empolgado. A ideia do nosso site é algo assim. É oferecer a oportunidade de os projetos se libertarem. Poderem acontecer. É essa quebra, essa libertação, essa possibilidade.“.


Para quem não sabe, o termo crowdfunding ao pé da letra significa: “Investimentos de Multidão”.
E é praticamente isso que a Catarse e o Kickstarter realizam. Ao invés de ficarem restrito ao investimento burocrático e para alguns projetos, quase que impossível, eles apostam nas pessoas, em troca de produtos ou serviços. Funciona assim, uma pessoa, um grupo de pessoas ou até mesmo uma empresa cadastra seu projeto no site. Você define a meta que pretende conseguir e o dia/mês limite para conseguir a meta. Feito isso, eles definem o que cada doação retornará ao usuário. Se doar mais de 20 reais, você ganha acesso “mais cedo” ao projeto, se doar mais de 50 reais, além do prêmio da doação de 20 reais, ganha uma camisa do site. E assim sucessivamente.

Oportunidade para Investidores

Se o seu objetivo é investir em um projeto mas, sem retorno financeiro (ou não pretende realizar nenhuma ação no comando da empresa) mas, como usuário “VIP” do produto ou serviço, é uma ótima oportunidade. Por que, ao invés de você ter o risco de investir o dinheiro e não ter resultado e até perder todo o dinheiro investido, nesse tipo de investimento, você já tem a garantia de testar o produto e quem sabe realizar um investimento muito maior.
É como “uma compra grátis” para um programa Premium. Você tem o direito de testar o produto e paga só gostar ou achar que “tem futuro”. É o caso do projeto Pulp Dance. Um projeto de um espetáculo de dança, que precisa de um investimento de apenas R$4.000,00 e já conseguiu R$1.020. Por exemplo, investindo R$500,00 (um valor baixo, considerando que é um investimento) você “ganha” 5 ingressos para o show, todos os itens das outras doações (exceto os ingressos) e um pocket show na sua festa particular (sendo 100% grátis em Porto Alegre e com custo do transporte em outras cidades).

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