Na década de 40, a NOB (Ferrovia Noroeste do Brasil) era o motor condutor da economia da cidade de Mirandópolis. Circulavam passoas, mercadorias, sendo a NOB quem impulsionou o desenvolvimento da cidade.Nesta mesma década ocorreu um acidente em plena cidade com a explosão de um vagão de combustível e que trouxe muita destruição para a cidade.
 Aqui vemos a Avenida Rafael Pereira com os prédios destelhados e a população atônita com o acontecido.
 Os curiosos analisando a situação inédita ocorrida. Não tenho muitos relatos para melhor ilustrar esta história, por isso, se alguém puder fornecer mais informações o Luzifotogramas agradece. No caso destas preciosas fotos eu retirei da página do Orkut de Antonio Nunes http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=4949487692904433336, uma contribuição muito valiosa e que gostaria muito de agradecer.
 Aqui mais uma imgem que ilustra a violência da explosão que destruiu boa parte da Avenida Rafael Pereira em Mirandópolis.
 A destruição não ficou restrita a Avenida Rafael Pereira, diversos lugares foram atingidos tão violenta foi a explosão.
 Aqui a Estação Ferroviária na década de 50. Era muito movimentada e circulava centenas de pessoas diariamente em viagens que tinham o trajeto Bauru-Corumbá e vice-versa.
Esta é a condição atual da Estação Ferroviária (foto abaixo) que foi palco de tantas histórias, tantas indas e vindas. Não há memória no meu país, imaginem em minha cidade. É uma pena!
HISTÓRICO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE MIRANDÓPOLIS
A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil foi aberta em 1906, seguindo a partir de Bauru, onde a Sorocabana havia chegado em 1905, até Presidente Alves, em setembro de 1906. Em janeiro de 1907 atingia Lauro Müller, em 1908 Araçatuba e em 1910 atingia as margens do rio Paraná, em Jupiá, de onde atravessaria o rio, de início com balsas, para chegar a Corumbá, na divisa com o Paraguai, anos depois. O trecho entre Araçatuba e Jupiá, que até 1937 costeava o rio Tietê em região infestada de malária, foi substituído nesse ano por uma variante que passou a ser parte do tronco principal, enquanto a linha velha se tornava o ramal de Lussanvira. Em 1957, a Noroeste passou a fazer parte da Refesa. Transportou passageiros até cerca de 1995, quando esse transporte foi suprimido. Em 1996, a Refesa deu a concessão da linha para a Novoeste, que transporta cargas até hoje.
A ESTAÇÃO: A cidade de Mirandópolis foi fundada em 1934, com o nome de São João da Saudade, dois anos antes da inauguração da estação ferroviária, que passaria a ser a ponta da variante de Jupiá, em 1936. Em 1940, a estação passou a integrar a linha-tronco da Noroeste. Por algum tempo, nos anos 30, chamou-se Comandante Arbués (por causa do comandante Pedro Arbués, da Força Pública do Estado), mas curiosamente a estação já tinha o nome de Mirandópolis, em homenagem ao senador Rodolfo Miranda, e acabou nomeando a cidade. Tornou-se município em 1944. "durante o início de minha infância e até os 11 anos (1985) eu brinquei muito nesses trilhos e o quintal do Hotel Paz, da minha avó, dava nos trilhos, quase do lado da estação" (Carlos Eduardo Vercelino, 01/2007). A estação está hoje abandonada (2009).
 Hoje fala-se de transformá-la em Centro Cultural, mas o que se vê é a falta de vontade política, abandono e falta de seriedade dos nossos governantes em todas as esferas: municipal, estadual e federal. Onde vamos parar?


Um comentário:
Wéliton, Parabéns pelas informações e beleza com que organizou tudo! Nostálgico... uma viagem no tempo e uma sensibilidade merecedora de prêmio. Quando eu for à Mirandópolis, matar a saudade de uma época única, com certeza visitarei a antiga estação. Uma pena o Prefeito não restaurar a estação e transformá-la num Centro Cultural. Um abraço e Deus abençoe. Carlos Eduardo Vercelino.
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