terça-feira, 13 de abril de 2010

PARA QUEM GOSTA DE FICAR HORAS OUVINDO "CAUSOS"

Quem nunca ficou horas a fio ouvindo "causos" de matutos e caipiras numa fazenda ou nos bares rurais. Se alguém já passou algumas tardes no Bar do Lió no Distrito do Amandaba, lugar mais conhecido por aqui, na região de Mirandópolis, como Machado de Melo? Ali por várias tardes da minha vida fiquei saboreando os petiscos do Bar do Lió, sorvendo uma cerveja gelada ouvindo "causos" divertidíssimos, alguns, verdadeiras lendas.
Encontrei esta maravilha no site da União Brasileira de Escritores e, de cara, me lembrei de vários personagens que frequentavam o Bar do Lió: Estilingue (apelido recebido por, na juventude, ter sido um ótimo goleiro, cheio de elasticidade), Guincho (dizem que o homem era bem dotado) dentre muitos outros.

Neste caso temos o conhecido nacionalmente Geraldo Policiano Nogueira, o Geraldinho.
Morador mais famoso de Bela Vista de Goiás, nasceu no dia 18 de dezembro de 1918, na Fazenda Aborrecido. Viveu boa parte de sua vida na Fazenda Nuelo, localizada no município de Bela Vista de Goiás. Casou-se com Joana Bonifácio e com ela teve oito filhos.
Geraldinho gostava muito de participar da Folia de Reis, onde dançava catira, tocava viola e também alegrava as pessoas com suas histórias. No ano de 1984, o contador de causos foi descoberto artisticamente por José Batista e Hamilton Carneiro.
Os apresentadores levaram Geraldinho para as emissoras de televisão. Desde então, os brasileiros passaram a ouvir seus contos. Geraldinho era uma das principais atrações de programas regionais, como Frutos da Terra, e começou a participar de propagandas em Goiás.
Esses trabalhos fizeram de Geraldinho uma figura goiana de destaque. Muitos exploraram o talento daquele homem simples e nem sempre o recompensaram pelo seu valor. O sucesso de seu trabalho não deu retornos materiais aos familiares do artista.
Antes de Hamilton “descobrir” Geraldinho (isso foi em 1984, juntamente com José Batista, quando Hamilton quando gravava matérias para o seu programa Frutos da Terra), ele contava seus causos em todos lugares por onde passava: na roça (principalmente na fazenda Nuelo, onde viveu boa parte de sua vida e nas redondezas de Bela Vista de Goiás), em festas, botecos, folias, quermesses e pasmem, até em velórios!
Depois do “reconhecimento”, Hamilton, conhecedor dos hábitos e costumes do interior goiano, não deixou o humorista perder sua naturalidade e originalidade, mas tratou de fazer uma adequação na linguagem usada por ele para os meios de comunicação. Uma vez feitas essas pequenas alterações, Geraldinho passou a se apresentar em teatros (inclusive no Nacional, de Brasília), rádios e televisão (sobretudo no programa Frutos da Terra, da TV Anhangüera, já fazendo as parcerias presentes nos discos).
Em 1993, Geraldinho faleceu por conseqüência de uma trombose intestinal. Sua história e sua contribuição cultural estão na memória da população de Bela Vista de Goiás.
Os shows do espetáculo “Trova, Prosa e Viola”, mesmo com a morte da sua figura principal, ainda continuam com o mesmo trio e com Geraldinho em imagens no telão, isso graças à sincronia e à tecnologia de hoje, que permitem também que Hamilton, André e Andrade consigam até mesmo conversar com Geraldinho. A montagem e o impacto ao mesmo tempo em que fazem rir, emocionam a platéia.


Veja este outro vídeo, é hilário!



Assista vídeos do Geraldinho. Basta clicar neste  link

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