sexta-feira, 8 de maio de 2009

CIRQUE DU SOLEIL COM DEBORAH COLKER

Debora Colker é a primeira mulher e a primeira brasileira a dirigir um espetáculo do Cirque du Soleil. A coreógrafa teve nas mãos a tarefa de criar o show de aniversário de 25 anos da popular franquia canadense. "Estou exausta, tive de brigar muito, mas não me arrependo de nada", dizia, antes da estreia oficial de "Ovo", na última quarta, em Montreal (Canadá).
No total, "Ovo" apresenta 13 números com os tradicionais contorcionistas, malabaristas, trapezistas e equilibristas.
São 53 acrobatas-insetos em cena, às vezes todos ao mesmo tempo --a diretora não quis usar nenhum dançarino, preferindo ensinar os ginastas a se movimentarem a seu ritmo.

"O tema da biodiversidade veio pronto. Pensei em insetos por causa da relação com os corpos e a acrobacia", afirma.
O gosto do Brasil fica evidente com a trilha sonora, que é carregada de percussão e viaja de samba e forró a funk carioca.
E a assinatura da coreógrafa fica inconfundível no último ato, que mostra uma evolução performática da parede de alpinismo que ficou famosa com o espetáculo "Velox" (1995), da Companhia Deborah Colker. Agora ela tem 8 m e tem apoio de camas elásticas.
"Ovo" conta com quatro brasileiros entre os músicos e um, Zeca Padilha, entre os acrobatas.
Mas o público nacional terá de esperar até pelo menos 2015 para ver o novo show do Cirque du Soleil, pelas previsões atuais da companhia canadense. A ideia é manter o show na estrada por 15 anos.

Nenhum comentário: